As teorias da Comunicação pt. VI

março 09, 2016

Teoria Culturológica





A principal característica dessa teoria é o estudo da cultura de massa, distinguindo os seus elementos antropológicos mais relevantes e a relação entre o consumidor e o objeto de consumo, onde procura definir a nova forma de cultura na sociedade contemporânea. 

A Teoria Culturológica  foi criada na década de 1960, na França, onde o principal pensador, foi Edgar Morin, com a obra "Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo".

Defende-se nessa teoria que a mídia não produz uma padronização cultural, e sim se baseia em uma padronização já existente na sociedade, que surge a partir de características nacionais, religiosas e/ou humanísticas.
O objetivo de Morin é elaborar uma sociologia da cultura contemporânea, subtraída ao falso dilema que a sociologia tradicional refere, sempre que se detém na cultura de massa, isto é, as suas qualidades ou as suas carências. É necessário acabar com a discussão sobre este aspecto para se estudar esta nova realidade. (WOLF,1999. p.43)
Para Morin, cultura seria um sistema constituído de valores, símbolos, imagens e mitos que dizem respeito quer à vida prática quer ao imaginário coletivo, onde a cultura de massa seria, sim, uma cultura, que convive com os demais sistemas culturais numa realidade contemporânea que se caracteriza por ser policultural.

A Teoria Culturológica contrasta com a Teoria Crítica, pois, não percebe a indústria cultural como sistema de manipulação do receptor. Para os culturólogos, a Cultura de Massa se adequa aos desejos, às aspirações da massa.


A Escola de Birmingham e o Cultural Studies


Com um foco nos estudos relacionados a cultura, como o próprio nome já diz. O Cultural Studies:

centra-se, principalmente, na análise de uma forma específica de processo social, relativa à atribuição de sentido à realidade, à evolução de uma cultura, de práticas sociais partilhadas, de uma área comum de significados ( WOLF, 1999.p.46)
O principal objetivo desses estudos é a cultura da sociedade contemporânea.

Os cultural studies tendem a especificar-se em duas «aplicações» diversas: por um lado, os trabalhos sobre a produção dos mass media enquanto sistema complexo de práticas determinantes para a elaboração da cultura e da imagem da realidade social; por outro, os estudos sobre o consumo da comunicação de massa enquanto espaço de negociação entre práticas comunicativas extremamente diferenciadas.( WOLF,1999.p.46) 

Os cultural studies se diferenciam de outras abordagens, mais ou menos próximas, em particular da que é conhecida como "teoria conspirativa dos mass media" que associa os conteúdos como forma de controle social. 

A censura de certos temas, o empolamento de outros, a existência de mensagens evasivas, a não-legitimação das opiniões marginais ou alternativas, são alguns dos elementos que fazem dos mass media um instrumento, puro e simples, de hegemonia e de conspiração da elite no poder. Contra esta versão, os cultural studies, reafirmando a centralidade das criações culturais colectivas como agentes da continuidade social, salientam, contudo, o seu carácter complexo e flexível, dinâmico e ativo, não meramente residual ou mecânico. Realçando, uma vez mais, o fato de as estruturas sociais exteriores ao sistema dos mass media e as condições históricas específicas serem elementos essenciais para a compreensão das práticas dos mass media, os cultural studies põem em destaque a contínua dialéctica entre sistema cultural, conflito e controlo social (WOLF,1999.p.47)




Macete Mundo Acadêmico




Fonte:

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Presença, 1999. Disponível em: < http://jornalismoufma.xpg.uol.com.br/arquivos/mauro_wolf_teorias_da_comunicacao.pdf> acessado em Janeiro.2016.

PORTO, Gabriella. Teorias da Comunicação. Disponível em: <http://www.infoescola.com/comunicacao/teorias-da-comunicacao/> Acesso em Janeiro de 2016



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