As teorias da comunicação pt III

fevereiro 17, 2016

Teoria Empírica de Campo







Ela é baseada na Teoria da Persuasão, fundamentando-se em aspectos sociológicos. A teoria Empírica de Campo procura compreender a influência da mensagem transmitida, apesar de supor que essa influência é socialmente limitada, quer dizer, que a mensagem imitida passa por diversos filtros individuais de caráter social do indivíduo antes que o mesmo possa absolve-la, como afirma Mauro Wolf

O rótulo «efeitos limitados» não indica apenas uma diferente avaliação da quantidade de efeitos; indica, igualmente, uma configuração desses efeitos qualitativamente diferente (Wolf, 1999. p.18)

E ainda :
...esta teoria fala de influência e não apenas da que é exercida pelos mass media, mas da influência mais geral que «perpassa» nas relações comunitárias e de que a influência das comunicações de massa é só uma componente, uma parte. (Wolf, 1999. p.18)

Podemos dizer que o coração da teoria de efeitos limitados ou empírica de campo sobre os mass medias relacionada a pesquisa sociológica de campo, é associar os processos de comunicação de massa, às características do contexto social em que acontece esse processo.

Essa Teoria apresenta duas correntes:
a primeira diz respeito ao estudo da composição diferenciada dos públicos e dos seus modelos de consumo de comunicações de massa; a segunda - e a mais significativa - compreende as pesquisas sobre a mediação social que caracteriza esse consumo. Referir-nos-emos sinteticamente aos temas mais relevantes quer da primeira corrente, quer da segunda. (Wolf, 1999.p.18)


A pesquisa de Lazerfeld sobre o consumo do mass media


Paul Lazerfeld estabeleceu três processos diferentes para saber o significado de um programa para o público:




  1. Analise do conteúdo: A partir dessa análise, foi é levantado os dados do que os ouvintes gostam ou não dentro do conteúdo específico de um programa. 
  2. Característica dos ouvintes: É uma análise atenta e diferencial dos vários grupos de ouvintes. São conhecidas as diferenças psicológicas existentes entre sexos, idades e grupos sociais. Se um programa é escutado predominantemente por um grupo social, é possível compreender-se a natureza do seu atrativo.  
  3. Estudos sobre as satisfações: Estuda como os conteúdos da mídia afetam o público, qual o desejo desse público e por qual motivo. Analisa o tipo de consumo que o público faz das comunicações de massa a respeito da rádio, de efeitos pré-seletivos e de efeitos posteriores. Primeiramente, a rádio seleciona o seu público e só posteriormente exerce a sua influência sobre ele. A análise dos fatores que explicam as preferências por um determinado meio ou por um gênero específico, relaciona-se, portanto, estreitamente, com a análise da estratificação dos grupos sociais que revelam tais hábitos de consumo.

Pode-se concluir a partir dessa pesquisa, que o público tem a capacidade de fazer sua própria escolha, existindo variações de consumo da comunicação de massa a depender da característica deste. 


Two - steps - Flows ou fluxo de comunicação em dois níveis

Se refere em como a mensagem pode ter interferência dos líderes de opinião e como eles podem influenciar na formação da Opinião Pública, e, ainda, a influência pessoal que se desenvolve nas relações entre indivíduos chamado de " Cristalização das opiniões". 
As situações sociais, de que a campanha política é um exemplo entre muitos, exigem constantemente a elaboração de ações ou de opiniões. E os membros de um grupo fazem frente a essas exigências mesmo que não exista nenhum indivíduo particularmente influente a quem recorrer para um conselho. Acima e para além da liderança de opinião, estão as interacções recíprocas dos componentes do grupo que reforçam as atitudes ainda não definidas de cada um. Baseada nessas interacções, a repartição de opiniões e atitudes organizadas cristaliza (Lazarsfeld - Berelson - Gaudet, 1944, XXXV) (Apud Wolf.1999.p.21)


Dinâmica que forma a opinião pública, Lazerfeld aponta três efeitos:
  1. Efeito de ativação: transforma tendências em opiniões efetivas; 
  2. Efeito de reforço: preserva decisões tomadas; 
  3. Efeito de conversão: ajuda a formar uma nova opinião. 


Macate Mundo Acadêmico






Fonte: WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Presença, 1999. Disponível em: < http://jornalismoufma.xpg.uol.com.br/arquivos/mauro_wolf_teorias_da_comunicacao.pdf> acessado em Janeiro.2016.


You Might Also Like

0 comentários

Like us on Facebook

Flickr Images