As teorias da comunicação pt. IV

fevereiro 24, 2016

Teoria Funcionalista









Estuda as funções dos meios de comunicação de massa de forma equilibrada junto a sociedade. O funcionalismo supõe que o desenvolvimento dos meios de comunicação faz surgir “novas necessidades sociais”. Mediante a esse fato, os meios de comunicação deveriam oferecer satisfação ao público que os acompanha. 

a teoria sociológica do estrutural-funcionalismo salienta a ação social (e não o comportamento) na sua adesão aos modelos de valores interiorizados e institucionalizados. O sistema social na sua globalidade é entendido como um organismo cujas diferentes partes desempenham funções de integração e de manutenção do sistema. O seu equilíbrio e a sua estabilidade provêm das relações funcionais que os indivíduos e os subsistemas ativam no seu conjunto.( WOLF, 1999.p.26)


A teoria funcionalista foi desenvolvida por Harold Laswell, um dos teóricos fundadores da Escola Americana de Comunicação ou Mass Communication Research. Ele participou de projetos de pesquisas em comunicação de guerra do governo norteamericano durante a Segunda Guerra Mundial , onde, retomou o modelo retórico de Aristóteles para observar a capacidade de persuasão da propaganda e determinar a estrutura e a função da comunicação na sociedade. A teoria de Lasswell tinha como princípio quatro questionamentos, como já foi estudado aqui: Quem diz o quê, por que meio, a quem ? com que efeitos?

Após apresentar essa estrutura da comunicação, Lasswell demonstra que a comunicação tem três funções:





• Vigilância sobre o meio ambiente – a mídia funciona como um vigilante ao relevar tudo o que pode ser uma ameaça ao sistema de valores de uma sociedade, e dessa forma as pessoas podem conviver naturalmente frente aos problemas sociais que possam acontecer;

• A correlação das partes de uma sociedade em resposta ao meio – a comunicação permite o relacionamento e interação entre as pessoas, a fim de trabalharem e cooperarem de forma conjunta tendo em vistas a harmonia social; 



• E a transmissão da herança social de uma geração a outra – a comunicação auxilia o processo de transmissão do patrimônio cultural de uma sociedade, de uma geração para a outra

Paul lazarsfeld outro teórico da Comunicação na linha sociológica funcionalista, desenvolveu importantes pesquisas para a Comunicação, tendo como argumento, a negação de público massivo que apenas reage. Segundo Lazarsfeld cada indivíduo é capaz de escolher o meio de comunicação cujo conteúdo seja esteja de acordo com seus valores. Lazarsfeld nos trás a teoria da disfunção dos meios de comunicação, que segundo Wolf ( 1999. pg. 28) As disfunções da mera presença dos mass media quanto à sociedade no seu conjunto manifestam-se, por sua vez, no fato de os fluxos informativos que circulam livremente poderem ameaçar a estrutura fundamental da própria sociedade. Além disso, a nível individual, a difusão de notícias alarmantes (sobre perigos naturais ou tensões sociais) pode provocar reações de pânico em vez de reações de vigilância consciente. Mas uma disfunção ainda mais significativa é representada pelo fato de o excesso de informações poder conduzir a um debruçar-se para o mundo particular, para a esfera das experiências e relações próprias, sobre a qual se é capaz de exercer um controle mais adequado. Finalmente, a exposição a grandes quantidades de informação pode provocar a chamada "disfunção narcotizante". 

A disfunção narcotizante é caracterizada pela massa inerte e apática devido exposição exagerada a grandes quantidades de informação. Nesse caso, Lazarsfeld alerta para o fato de que embora o grau de informação da população seja melhor, a expansão da comunicação de massa tende converter a participação ativa em conhecimento passivo, ou seja, a falta de interesse, e a falta de importância. Se observarmos bem, já convivemos com essa realidade, onde boa parte das pessoas, se chocam menos com noticias de catástrofes e as violências que ouvimos diariamente, onde parece ter sido criada a consciência de ser algo comum, por acontecer todos os dias. Ainda, outro grande exemplo, são os das redes sociais, que apresenta uma plataforma onde as noticias se atualizam a cada segundo, tudo é muito rápido, e comum. 

Deixo hoje, uma frase de reflexão sobre nosso estudo de teoria funcionalista:



Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas.

- Albert Eistein.





Vamos usar o que temos para nossa evolução, lembrando , que é pra frente que se anda.



Macete Mundo Acadêmico






Fonte


WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Presença, 1999. Disponível em: < http://jornalismoufma.xpg.uol.com.br/arquivos/mauro_wolf_teorias_da_comunicacao.pdf> acessado em Janeiro.2016.


COSTA, Maria Ivanúcia Lopes da, MENDES, Marcília Luzia Gomes da Costa. Meios de Comunicação e Sociedade: Considerações sobre o Paradigma Funcionalista-Pragmático. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa-mendes-meios-de-comunicacao-e-sociedade.pdf> acessado em Janeiro.2016


PORTO, Gabriella. Teorias da Comunicação. Disponível em: <http://www.infoescola.com/comunicacao/teorias-da-comunicacao/> Acesso em Janeiro de 2016






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